SÊ FÊNIX
Do sonho não lembrava mais
Cinza num longo e profundo suspirar
Melancólico cântico de um átimo de lucidez a sibilar
Fênix refletida renascia, em lágrima a cessar
Menina, mulher de ínfimo querer contido
De dor, arrefecido peito estrangulado
Em combustão por desdita solidão
Como fênix sobrevivi mil vezes
Se sofri, chorei, fui ao chão
Tornei-me em cinzas , virei pó
Renasço... por vezes
Num vôo soberano
Asas imponentes me renovam
No calor de um grande amor
Regenerada, pura e pronta estou
Sou mesmo assim...
Boto a mão no fogo pra queimar
Queimo-me por gostar
Sou ave imaginária
Sou mito, perdulária (...?)
Não importa qual janela vai se abrir
Qual brecha vai a réstia entrar
De coração sempre a pulsar
meus olhos sentimentos a espelhar
Meus versos são fagulha de prosa estelar
Segredando aos adormecidos mortais.
Mitológica vou voar
Sou fênix, me permito sonhar.
Alice Poltronieri
Sobre a obra
Ser mulher é ser fênix. O sofrimento é real, mas há que saber só meu e único. Sofrê-lo, se necessário for. Não esquecendo porém que a vida, essa segue inexorável e naturalmente seu implacável curso.
Se acaso se fizer mister, ignora os incautos, encanta quem te encanta, elogia quem merece e enaltece os bravos.
Após longas, escabrosas e invernosas noites mau dormidas, sê FÊNIX...!
Renasça exuberante, sabedoria redobrada, tranqüilidade transparente, serenidade veemente.
Está completado o ciclo, saboreie os mistérios, sê mestra do universo, sê eterna.
Sê Fênix, Sê feliz!
Alice
Hoje amanheci me sentindo uma Fênix e depois que li essa poesia, vi que estou renascendo...
Tenham um ótimo início de fim de semana!
Beijos